quinta-feira, 19 de julho de 2012

AGRICULTORES ARAIOSENSES COMEÇAM A FARINHADA


Agricultores trabalham duro na produção de farinha de mandioca no município de Araioses


A cidade de Araioses é uma das maiores produtoras de farinha do Baixo Paranaíba. Nesse mês de julho, até outubro, são realizadas as Farinhadas. Um trabalho árduo para os agricultores que tiram o sustento da raiz da mandioca. A mandioca brava que é arrancada e transportada da roça em animais com cestos feitos de cipó conhecido pelos agricultores como Carajau ou em carroças até a casa de farinha ou casa de forno.
Começa então o trabalho das mulheres de raspar ou descascar a mandioca. Depois de raspada, a raiz vai ficar de molho em tanques por aproximadamente três dias. Em seguida são entregues ao serrador que vai triturar a mandioca até chegar ao ponto da massa. Todo o trabalho é cansativo mais já faz parte do cotidiano dos trabalhadores rurais que com a produção da farinha já conseguem um dinheirinho a mais e ajudam no orçamento familiar.
Para a dona Maria, agricultora que trabalha com farinha há 50 anos, a venda da farinha ajuda a comprar medicamentos, carne, arroz e outros produtos necessários para dentro de casa. “Fazer a farinha requer muito trabalho”, pondera Dona Maria. 
A mandioca depois de serrada é colocada em sacos plásticos depois prensada para retirar o líquido venenoso que se chama mandi-poeira depois de seca é peneirada e enfim levada à chapa quente do forno.
O agricultor Raimundo Nonato explica que para a farinha chegar ao ponto de consumo é necessário a massa ficar cerca de 3 a 4 horas no forno e sempre movimentando a massa, um trabalho que requer muita disposição, paciência e habilidade ao prepara a farinha. 
O município de Araioses é considerado um dos maiores produtores de farinha do Maranhão, tanto que em uma só casa de farinha produz mais de 100 sacos do alimento por Farinhada. O preço baixo pela qual ela é comprada pelos atravessadores, apesar da grande quantidade de farinha produzida em nossa região, é o que explica as baixa condição financeiras dessa população e porque a cada ano que passa há menos pessoas produzindo farinha em nosso município.

FONTE: ANTONIO VERAS

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